sábado, 8 de setembro de 2007

Quer casar comigo


quer casar comigo

Ser minha amante, esposa, escrava, amiga, companheira, fiel escudeira, parceira de todas as horas, mãe, filha e todas as outras coisas que vem junto quando assinamos com nossos corações o contrato matrimonial?

Se não quiser ou não puder, não precisa me avisar nem precisa me dizer, apenas sorria quando me ver passar, acene quando me avistar e seja feliz.

Por uma garrafa apenas, daquelas mais vagabundas ele se embebedou e sabia que esse era um caminho sem volta, uma garrafa vagabunda não vale nada e não permite que você reclame dos seus efeitos, você sabia disso quando a comprou.

Ela se foi e o tempo com ela idem, porque a vida é assim, quando perdemos algo que amamos, perdemos tudo. Implacavelmente essa é a realidade e temos de aceita-la sob pena de nos perdermos entre garrafas vagabundas e mulheres de quinta. Mulheres de sexta e de quarta também são ruins, assim como mulheres de terça e de segunda, as de sabado e domingo, essas, não prestam.

Por que só ela fazia parte do seu mundo e com ela ele era feliz, mas aquela garrafa vagabunda insistia em penetrar, em invadir e impedir que ele fosse completamente livre. Pelo menos por um dia e que tal hoje, ele não ia se afogar em magoas e pensamentos tristes, muito menos ia pensar nela e em seus beijos.

Porque só nos beijos e não em todo resto? Decidido, ele não iria nunca mais pensar nela e em todas as coisas maravilhosas que eles viveram. Cevada, água, lupulo e outros aditivos que misturados se transformam em cerveja e fazem com que tenhamos momentos sem iguais. Mas porque mesmo ela partiu?

Nem ele sabia o porque e a esta altura, com aquela garrafa vagabunda no fim, isso não fazia a menor importancia, o que importava é que ele estava lá e ela não.

Quer casar comigo?

Imagem do post: Google

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial