domingo, 2 de março de 2008

Vida que segue


vida que segue

E porque a vida segue? Porque um dia ela termina e antes dela terminar temos de fazer com as coisas aconteçam. Minha sugestão para hoje e para os próximos momentos é: Abra uma Brahma bem gelada, na verdade os puristas vão dizer que a cerveja muito gelada não deixa você sentir o verdadeiro paladar e sabor da mesma, mas eu digo que você não vai precisar se preocupar com isso e sim com a quantidade de file aperitivo que vão te servir na porção.

Dizem que nada substitui os laços afetivos que cultivamos na infância, fortalecemos na adolescência e mantemos quando adultos. O bolo de fubá da tia distante, os bolinhos de chuva da vovó, as frutas das arvores do quintal do vizinho, o copo de geleia do bar do Arnaldo cheio de cerveja, o primeiro porre e todas as outras coisas dais quais não conseguimos nos esquecer e nem achar similares ou melhores depois.

Eu tenho as minhas. A lasanha da minha tia, a primeira que comi na vida e a de que mais gostei. Não me lembro bem a receita e na época nem me ligava nisso, mas foi uma das coisas mais maravilhosas que já comi em toda a minha vida.

Nunca mais comi essa lasanha novamente, mas até hoje quando lembro dela, começo a salivar.

É claro que minha tia, puxou a minha vó, é uma das melhores cozinheiras que eu conheço, na verdade é a melhor e ela nem faz isso profissionalmente, mas tirando a minha vó, que era mãe dela, ninguém supera a minha tia. Minha mãe fazia pratos sensacionais, que também aprendeu com a minha vó, mas por ser filha, minha tia teve mais tempo de aprendizado e por isso cozinha melhor.

Lembro-me que minha vó não conseguia fritar ovos, mas fazia todos os outros pratos com esmero e destreza. Minha tia superou a mestra.

Voltando às lembranças, não consigo me esquecer do fígado acebolado da minha mãe, que comíamos depois do almoço com pão e muito molho. Sempre pedíamos para que ela fizesse molho extra.

A cerveja gelada do bigode, que ficava em frente ao ponto de ônibus e sempre parávamos lá antes de sair, era sensacional. A cerveja era a mesma a de todos os outros bares da cidade, mas o bigode só trabalhava ali e naquela época bebíamos Antarctica, depois mudamos para Skol e hoje sim, eu bebo Brahma.
São tantas lembranças afetivas que discorre-las aqui seria como reescrever a bíblia em edição estendida.

Fiquemos por enquanto com estas, eu com as minhas, você com as suas e querendo me conta-las, dividir comigo suas lembranças, comente.

Imagem do post: Google / Ibahia

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